Quanto de metodologia cabe na infância? (Des)caminhos cartográficos de uma pesquisa na Educação Infantil

Autores

Palavras-chave:

Mapa Metodológico., Cartografia., Infância., Educação Infantil., Imagens.

Resumo

Este artigo se propõe a apresentar/problematizar entradas de um mapa metodológico de uma pesquisa sobre infância, que será constituído de entradas múltiplas. A pesquisa está em desenvolvimento e problematiza o espaço ocupado pela infância na Educação Infantil por meio de imagens produzidas por crianças, professoras e pesquisadora. Neste sentido, no artigo se discute a cartografia como uma metodologia para essa pesquisa infante, habitada por deslocamentos, incertezas, criançar. A cartografia surgiu nesta pesquisa como uma possibilidade de escape, de uma composição infante, guiada por afetos oriundos de encontros a serem realizados entre pessoas, espaços, tempos. Assim, a cartografia guiou/guia a construção de múltiplas entradas apresentadas neste artigo que dizem de encontros a serem marcados com crianças, professoras, escola, pesquisa… outras entradas que não cabem neste artigo e outras que ainda nem são conhecidas, mas que possibilitam o (des)caminho de uma pesquisa infante.

Biografia do Autor

Amanda Silva de Medeiros, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, vinculada a linha de Tecnologias e Educação Matemática. Possui graduação em matemática pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2016) e é mestra em Educação Matemática também pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul(2018). Atualmente tem pesquisado temas relacionados à infâncias, currículos, Educação Infantil, formação de professores e pesquisa com crianças.

João Paulo Risso, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Mestrando em Educação Matemática no Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática (PPGEduMat) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Licenciado em Matemática também pela UFMS, campus de Paranaíba (CPAR). Atuou como estagiário no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Integra o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática, Diversidade e Diferença (GEduMaD).Tem interesse em temáticas e pesquisas relacionadas às Educações (Matemáticas), filosofias, literaturas, militâncias e outras.

Suely Scherer, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Professora associada na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, atuando nos Programas de Pós-graduação em Educação e Educação Matemática. É doutora em Educação (Currículo) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Possui pós-doutorado em Educação pela UFPR com estágio científico na Universidade de Lisboa. Desenvolve e orienta pesquisas na área de Tecnologias Educacionais e Educação a Distância, investigando questões relacionadas ao currículo escolar e cultura digital, aprendizagem e formação de professores. É líder do Getecmat - Grupo de Estudo em Tecnologia e Educação Matemática.

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Publicado

19-11-2022

Como Citar

MEDEIROS, A. S. de; RISSO, J. P.; SCHERER, S. . Quanto de metodologia cabe na infância? (Des)caminhos cartográficos de uma pesquisa na Educação Infantil. Revista Psicologia e Transdisciplinaridade, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 39–54, 2022. Disponível em: https://www.periodicos.aprb.org/index.php/rpt/article/view/21. Acesso em: 2 maio. 2024.